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Centro de Estudos e Pesquisas Psicobiofisicas

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Comunicabilidade Evolutiva X Antievolutiva

Por Anette Leal

O avanço da tecnologia reduziu distâncias planetárias, permitiu a comunicação instantânea, em tempo real, facilitando a interação entre pessoas de culturas diferentes e que se encontram fisicamente em lugares extremamente distantes umas das outras.

Vivemos também um tempo em que os experimentos de comprovação da troca de energias e pensamentos entre conscins e consciex já são um pouco mais abertamente aceitos e a prática da comunicação entre uma dimensão e outra não é mais motivo de perseguição religiosa na maior parte das nações, embora ainda não seja prática comum.

Entretanto, como consciências eternas, qual a qualidade que emprestamos, como consciências eternas, à nossa comunicação tanto na intrafisicalidade quanto na extrafisicalidade?

A minha capacidade de comunicação acompanhou o avanço tecnológico e me fez avançar no caminho de uma comunicação mais evolutiva?

E por que é importante refletir sobre a qualidade da minha comunicação?

Para a Conscienciologia, “a comunicação evolutiva é a capacidade madura de autoexpressão verbal, não verbal, escrita, energética e parapsíquica, realizada pela consciência lúcida da autoevolução, buscando interassistência eficaz nas interlocuções multidimensionais e visando prioritariamente à tarefe do esclarecimento”. 

Esta capacidade é um dos instrumentos que levam ao crescimento consciencial porque contribui para o processo de convivialidade, ao qual estão sujeitas as consciências que trilham o caminho evolutivo.

A nossa matemática nos ensina que a menor distância entre dois pontos é uma reta. Analogamente, entendemos que a menor distância entre duas consciências é a comunicabilidade, essa propriedade que possuímos de estabelecer uma relação com o outro, ainda que em dimensão diferente!

Todavia, temos desvalorizado tanto a palavra, que deixamos de evoluir em linguagem, voz e fala.

Conhecemos o ditado de que “é falando que a gente se entende”. No entanto, não é falando qualquer coisa, de qualquer jeito que vamos nos fazer entender. Ou seja, comunicação é mais do que abrir a boca e falar ou escrever ou mesmo digitar qualquer coisa.

Quando pronunciamos (ou escrevemos!) uma palavra, ela veicula muito mais coisas do que aparenta. Isso porque a palavra se insere no contexto em que é dita (ou escrita), no momento e também interage com os estados de ânimo e energético de quem está falando e de quem está ouvindo… tudo isso contribui para o significado final do conteúdo falado ou escrito.

A Comunicologia, enquanto especialidade da Conscienciologia, entende que a comunicação interconsciencial sob a perspectiva evolutiva tem a seguinte composição: saber ouvir, saber falar, saber lei, saber escrever, saber traduzir e saber pensenizar. Os quatro primeiros aspectos já são comumente estudados pelas áreas da Linguística e da Pedagogia como essenciais ao desenvolvimento de habilidades comunicativas. O saber traduzir e o saber pensenizar exigem investigação e mergulho da consciência em si mesma para o autodesempenho, para a autoevolução e para a realização exitosa da sua programação existencial.

Assim, estamos vendo que não basta saber falar ou escrever e ter acesso aos meios tecnológicos para que se estabeleça uma comunicação sadia, evolutiva.

A comunicação pode ser também antievolutiva! Todas as vezes em que uso a minha comunicabilidade com o intuito de provocar qualquer tipo de dano à outra consciência, seja ela conscin ou consciex, essa minha capacidade de comunicação torna-se antievolutiva porque caminha no sentido contrário ao que estabelece a Cosmoética, não importando o que pense ou diga a Socin sobre esse meu comportamento!.

Sim, porque existem os aplausos da Socin para atitudes e valores que não são Cosmoéticos. 

Eis algumas das características pessoais que podem contribuir para uma comunicação antievolutiva:

  1. a) cantilena autoassediante: queixas repetidas e monótonas (postura queixosa);
  2. b) discurso autoassediador e assediador;
  3. c) pensamento generalizado: pensamento sem foco, sem aprofundamento, superficial;
  4. d) fala monocórdia: sem expressão, evasiva, descuidada;
  5. e) pensamento confuso (em relação aos assuntos, decorrente da falta de interesse por buscar o aprofunamento no conhecimento);
  6. f) fechadismo: prende a consciência na condição de autovitimizaçao, mantendo-a restrita a conjunto de ideações, autocondicionadas e repetidas automaticamente sem qualquer movimento para tentar resolver a dificuldade lamentada e o decorrente mal-estar.

Inclui-se ainda na categoria de comunicação não evolutiva a comunicação lacunada, que é a falha na transmissão de informações, caracterizada pela descontinuidade do processo interativo, suscitando interpretações errôneas da parte da consciência receptora quanto à intenção da consciência emissora, possibilitando auto e heterassédios ou acumpliciamentos interconscienciais. É uma comunicação defectiva, de meias palavras, o 1% de má forma atrapalhando os 99% de conteúdo.

A acriticidade quanto à inadequação do assunto e o desprezo da diferença cultural causadora de ruído também são dificuldades que impedem a plena comunicação.

A título de exemplo de comunicação antievolutiva, cite-se a calúnia, que é muito comum na nossa convivialidade. Geralmente, a calúnia ofende, ameaça, magoa e vitima muitas pessoas do nosso convívio.

O livro sagrado dos judeus, o Talmud, ao condenar a prática da calúnia, afirma que o caluniador mata três pessoas ao mesmo tempo: (i) mata o que profere a calúnia porque o diminui; (ii) mata aquele que acolhe a afirmação falsa e perversa, tornando-se conivente com o seu conteúdo; e, (iii) mata a vítima, simbolicamente falando, porque a degrada e denigre. 

É preciso estar atento não apenas para se praticar a comunicabilidade sadia, mas também para mantê-la em nível cosmoético, adotando-se os seguintes cuidados:

  1. a) auto-observação
  2. b) autoconhecimento
  3. c) autovivência do estado vibratório profilático
  4. d) utilizar-se de palavras em conformidade com a sinalética energética e parapsíquica pessoal
  5. e) não negligenciar qualquer chance para esclarecer e desfazer mal-entendidos, evitando incômodos e desgaste energético.

 Por sua vez, a comunicação antievolutiva é a que está contaminada com a generalização de princípios como “não precisar dar satisfação a ninguém”; “para bom entendedor, pingo é letra”; “quem cala consente”.

Observe se a sua comunicabilidade se alimenta de indiretas, ironias, sarcasmos, manipulação, preconceito, querer estar certo em detrimento do melhor para todos,  rigidez na hora de interagir não permitindo mudança de enfoque na abordagem nem esclarecimento dos envolvidos.

Tarefa de casa: durante toda esta semana, procure estar atento a qualquer ato de comunicação que você praticar, em qualquer que seja o ambiente e/ou situação. Registre quando essa prática for evolutiva ou quando for marcada por características de comunicação antievolutiva.

Observe-se e experimente tirar suas próprias conclusões!