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Centro de Estudos e Pesquisas Psicobiofisicas

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Mulher: conexão consigo mesma

Por  Cynara Correia

Num contexto de uma socin (sociedade intrafísica) direcionada pelo poder patriarcal, a mulher, desde tempos remotos das grandes civilizações – salvo algumas épocas – vem experienciando seu processo evolutivo sob o julgo de um modelo opressor e castrador de sua feminilidade.

As questões ditas femininas – sensibilidade, intuição, fragilidade, parapsiquismo, submissão, etc. – tornaram-se tabu para as vivências humanas. O aceitável diz respeito a todas as manifestações “ditas” masculinas – poder, raciocínio, lógica, precisão, força, etc.

Assim, ano após ano, séculos após séculos, existências após existências, a especialidade de ser mulher foi sendo esmagada também pela própria experiência feminina.

Como toda repressão gera um acúmulo de energia, que mais adiante é liberada de forma violenta ou desgovernada, observamos que ela sempre aparece em alguma parte. Quando não lhe é permitido fluir através da força vital, do sentido da criação, ela aparece nos corpos como sintomas de doenças ou na vida emocional, como problemas de relacionamento.

A maneira como percebemos a nossa condição de mulher está envolvida por idéias contraproducentes sobre o verdadeiro significado de ter uma existência feminina: sexo frágil; a mulher inferior ao homem; os homens são mais competentes do que as mulheres; competir com os homens sendo “iguais” a eles; etc.

A negação de aspectos de nossa feminilidade, ao contrário do que se possa supor, não é algo que possamos sempre identificar facilmente. Ela pode estar ancorada no nosso subconsciente, dando sinais de sua existência através de sintomas, tais como, alteração do ciclo menstrual, cólicas, problemas ginecológicos em geral, etc.

Dessa forma, nós mulheres, deixamos de perceber que agindo assim estamos, mais uma vez, evidenciando a separatividade no Todo. Na verdade, o caminhar rumo à consciência plena não pode ser vislumbrado pela política da separação.

Ser homem ou mulher é tão só o cumprimento da intenção Ying/Yang, do Nada/Tudo, do Positivo/Negativo, uma questão tão-somente de veículo de manifestação (soma).

Dar à luz a si mesma é aproveitar com presteza a PRIMENER mensal – auge das energias conscienciais, verdadeira primavera energética construtiva e criativa. Identificar em si esse período, potencializá-lo e usufruí-lo, eis o nosso megadesafio. Assim, a utilização das nossas bioenergias leva ao desbloqueio do fluxo de energia – causador das doenças – reequilibrando a saúde.

Precisamos urgentemente recontactar  a nossa essência, a fim de melhor podermos nos expressar. Uma vez que decidamos por este empreendimento, não estaremos beneficiando apenas a nós, mas também  toda a humanidade, da qual fazemos parte. Influenciar o mundo através do esclarecimento, bondade e compaixão, descobrindo a satisfação e a alegria do servir constitui-se no caminho para a auto-realização.

Ser ou não ser mulher já não é a questão básica para o autoconhecimento. Compreender esta condição de estar (mulher), aí sim, é o verdadeiro renascer de dentro de si mesma. No entanto, não se trata de uma ênfase no feminino em detrimento do masculino, mas sim da busca da reconciliação destes dois aspectos complementares.