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Centro de Estudos e Pesquisas Psicobiofisicas

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Propósito da Comunicação Evolutiva

Por Anette Leal

O desenvolvimento da consciência requer auto-observação, autoenfrentamento, controle das bioenergias (que inlcui a autovivência do estado vibratório profilático), intelectualidade, comunicabilidade sadia e cosmoética. Evidentemente que tais requisitos não são adquiridos sem vontade própria de querer crescer, sem esforço diário e/ou sem disciplina. O conjunto de tudo isso integra o processo de lucidez que nos torna autoconscientes.

Crescer, desenvolver-se, evoluir não é tarefa fácil, mas nos torna mais humanos, mais tolerantes, mais compreensivos… enfim, mais felizes!

Nas nossas reflexões sobre o instrumento da Comunicabilidade, vimos que é esse instrumento que nos aproxima de nós mesmos e das demais consciências, ampliando, reforçando ou desatando os nós que a vida teceu e que nos mantém ligados uns aos outros na extensa teia multidimensional dos nossos interrelacionamentos.

 

Cada consciência tem necessidade de interagir, começando com o seu núcleo familiar e indo até vínculos sociais mais distantes. Nessa interação, o ato comunicativo é autoexpressão consciencial de fundamental importância. Não se comunicar é patológico! 

Comunicar-se evolutivamente é a capacidade madura de autoexpressão (verbal ou não verbal, escrita, energética e parapsíquica) realizada com lucidez por consciência que compreende que a sua evolução é um processo provocado, o qual foi devidamente planejado e que, por isso mesmo, deve ser cuidadosamente executado.

Esta capacidade tem por propósito buscar a interassistência eficaz nas interlocuções multidimensionais, visando prioritariamente à tarefa do esclarecimento.   

Por definição etimológica, comunicar é reunir, partilhar, por em comum.

O crescimento pessoal (autodesenvolvimento) é obtido por autoesforço, por autodeterminação e por autoenfrentamento nas relações com as demais consciências, nunca em isolamento.

A pesquisadora Ana Seno afirma que “a necessidade de interagir com outras consciências, desde o núcleo familiar até os vínculos socais mais distantes, faz do ato comunicativo a autoexpressão consciencial mais fundamental”.

Essa autoexpressão, quando se pretende evolutiva, tem a seguinte composição: saber ouvir, saber falar, saber lei, saber escrever, saber traduzir e saber pensenizar. São habilidades linguísticas, energéticas e parapsíquicas que permitem à consciência buscadora realizar plenamente a sua comunicabilidade, em elevado nível de autoconsciência e de Cosmoética.

 Nos seis saberes, estão as várias formas de que se vale a consciência para fazer contato consigo mesmo e com outras consciências, desta e de outras dimensões.

São habilidades necessárias ao autodesempenho, à autoevolução e à realização da proéxis. Cada manifestação comunicativa da conscin (autoexpressão) revela o seu nível de autopensenização. Daí a importância do “conhece-te a ti mesmo”, pois quando falamos, escrevemos, digitamos, estamos nos revelando perante nós mesmos e perante os outros.

Ana Seno afirma que “se qualquer consciência almeja a evolução pessoal, não há como evoluir sem aprender a manejar os saberes comunicativos, pois o progresso consciencial passa pela comunicação interconsciencial”.

Sem a comunicação interconsciencial, a consciência não evolui. Ou seja, não há como buscar o crescimento, sem se deixar inserir na rede complexa das interrelações.

Não há comunicação unilateral. Haverá, pela própria natureza do ato comunicativo, sempre dois lados interagindo, independentemente de como a comunicação esteja se manifestando (se na mesma dimensão ou em dimensões diferentes, se verbal ou não verbal).

Ainda que a comunicação seja com este outro que sou eu mesmo porque o ato comunicativo só se completa quando há uma emissão e uma recepção de mensagem. Mesmo em solilóquio (o diálogo de um só), estou interagindo com os meus outros Eus.

Por isso que é tão importante o saber pensenizar, pois o pensene (pensamento, emoção e energia) é a base da autoexpressão da consciência em qualquer dimensão.

 Antes de ser pronunciada, a palavra deve ser precedida de sábia reflexão e amadurecida pela calma e prudência. Dita por impulso, em momentos de discussão, por exemplo, quando nossa língua se transforma em arma, nos preocupamos unicamente em revidar a ofensa e “ao invés de pensarmos com os neurônios cerebrais, passamos a raciocinar pelo fígado, com suas descargas amargas de fel…”.

O resultado é, invariavelmente, o agravamento da situação em que nos encontramos, o desequilíbrio das nossas emanações energéticas, a impregnação do ambiente a nossa volta com densidade desagregadora. Tudo provocado por palavra não controlada pelo raciocínio sereno, usada como veículo de agressão, cinismos, ironia, sarcasmo, divisão ou separação.

Lembremos que nos comunicamos não apenas verbalmente, mas também energeticamente. E se pronuncio palavras bondosas, mas a minha emoção é dissonante deste sentimento, esta contradição de mostrará na moldura que empresto a essa fala ou a essa escrita! E a energia que se propagará também será de inteira desarmonia e desequilíbrio, surtindo efeitos contrários à bondade pretendida nas palavras. 

Se ampliamos essa reflexão para a qualidade do que pensamos ou das nossas emoções no dia-a-dia, veremos que somos nós mesmos os responsáveis por melhorar ou piorar o ambiente que nos rodeia em amplitudes cada vez mais extensas! Os pensamentos e as emoções são ondas energéticas que se propagam para regiões e dimensões muito além de nós mesmos!

Aperfeiçoar a qualidade dos pensamentos e emoções traz melhoria de bem-estar pessoal, além de propiciar saúde e equilíbrio holossomático. Desse modo, a pensenidade promove salto de qualidade e de diálogo da consciência, tanto consigo mesma, quanto com outras consciências.

A comunicação evolutiva libera a consciência da inibição e da insegurança, que são patológicas para qualquer ato comunicativo, além de ampliar a capacidade assistencial a conscins e consciex. Mas tudo isso só é possível se estivermos abertos e autoconscientes. O abertismo consciencial implica em maior autocompreensão e autoconhecimento, gerando autoconfiança.

A pesquisadora Ana Seno, define a autoconfiança como sendo “a segurança íntima que confere à consciência firmeza para enfrentar a si mesma e às situações cotidianas, exigindo posicionamento, priorização e escolhas, valendo-se de determinação de caráter e coragem”.

Investir na comunicabilidade, buscando aperfeiçoá-la em qualquer dos seus aspectos, guiando-a a partir de princípios sadios e cosmoéticos, deve ser uma das nossas prioridades, pois não há como executar a proéxis sem considerar essa necessidade intrínseca a esse ser vivente que é o homem: a comunicação é imprescindível se quisermos nos tornar consciências melhores!