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Centro de Estudos e Pesquisas Psicobiofisicas

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Reiki para o bem estar do corpo e da mente

No início do século XX, um praticante do Budismo Tendai, o japonês Mikao Usui, idealizou uma prática denominada Reiki, palavra que significa “universo” (Rei) e “energia vital” (Ki). O objetivo era incentivar o desenvolvimento pessoal e espiritual. Entretanto, quem desejasse seguir seus ensinamentos deveria antes submeter-se a um ritual: Usui tocava levemente cada discípulo por um determinado tempo. Seus discípulos não só repetiam essa prática, como também utilizavam alguns símbolos de origem taoísta, cujas imagens teriam o poder de restabeler a saúde humana. De acordo com Gala True, cientista sênior em Ética Médica do Albert Einstein Center for Urban Health Policy and Research, na Filadélfi a (EUA),  no tempo de Usui, “o Reiki era só uma prática espiritual, e qualquer cura física, emocional ou mental seria uma consequência natural dela”.

Como a prática funciona

No Brasil, os ensinamentos chegaram só em 1982 e são hoje considerados tradicionais.
Como, inicialmente, o método era transmitido de forma oral, nos anos seguintes surgiram outras variações. Ricardo Monezi, psicobiólogo e pesquisador do Reiki no Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que todo ser humano possui a capacidade de captar e transmitir energia através das mãos. “Hoje, ainda desconhece-se a natureza dessa energia, mas se cogita que ela seja elétrica, magnética ou ambas”. Segundo Monezi, uma das hipóteses é a existência do efeito placebo: a confiança no praticante, a crença e a fé podem acionar mecanismos orgânicos regenerativos. Outra possibilidade seria a interação dos campos magnéticos de quem aplica e de quem recebe o Reiki. “Acredito na conjunção desses dois fatores”, fala o especialista.
O importante é que expor-se ao Reiki traz benefícios, pois ele atua na liberação de hormônios ligados ao estresse (cortisol e adrenalina), promovendo notável relaxamento, além de agir no fortalecimento do sistema imunológico”.

Os pontos mais trabalhados

Cada ponto do corpo estimula as principais glândulas endócrinas:

  • Na cabeça: o objetivo é ativar a hipófise, o hipotálamo, a pineal e a amídala. Esta última estímula do hipotálamo e da glândula pineal, que influenciam a melatonina, hormônio considerado importante na liberação da dopamina (substância química ligada a transtornos como esquizofrenia, depressão, ansiedade e bipolaridade).
  • Os pontos da tireoide e do coração: estimulam o equilíbrio da circulação; os das glândulas suprarrenais são responsáveis pela liberação da adrenalina e cortisol (relacionadas ao estresse).
  • Os dos ovários e testículos: auxiliam na estabilização do estrógeno e progesterona na mulher, e testosterona no homem, capazes de influenciar o comportamento de ambos.

 

Tira-dúvidas sobre a técnica

  • Quem é o terapeuta: pessoa que ajuda o próximo a acessar sua capacidade natural de reagir. Porém, ao decidir submeter-se às sessões, o paciente deve procurar saber se o praticante possui formação que o habilita ao uso da técnica. A tradição ocidental é que os ensinamentos se dividam em quatro etapas (Níveis I, II, III e mestre-professor Reiki). A partir da formação de nível I, qualquer pessoa estará capacitada a utilizar em si ou transmitir o Reiki.
  • Quem é o paciente: qualquer pessoa, independentemente de idade e sexo, pode receber o tratamento. Indivíduos em estados pré ou pós-operatório também podem ser submetidos ao Reiki.
  • Tempo de tratamento: em geral, cada sessão dura de 1h a 1h30. “O número de sessões dependerá de cada caso, mas quatro costumam ser suficientes”, informa Luiz Fernandes de Almeida, praticante, mestre-professor e pesquisador de Reiki há mais de dez anos.
  •  Como é a sessão: quem recebe Reiki pode estar sentado ou deitado e permanece vestido. O prático posiciona as mãos sobre determinados pontos do corpo para estimulá-los por meio da imposição ou do toque.
  • Principais indicações: é considerada coadjuvante no tratamento de doenças fisiológicas, psicológicas e psiquiátricas. Distúrbios de ansiedade, dores crônicas, HIV/Aids, eventos cirúrgicos em suas fases pré e pós-operatória, esquizofrenia, bem como em especialidades como a oncologia, obstetrícia, reumatologia são outros exemplos em que o Reiki tem sido utilizado.

Fonte: Vida Saúde